O empreendedorismo como alavanca de sucesso na carreira em advocacia

Quer queira, quer não, a partir do momento em que um advogado abre um escritório de advocacia ou trabalha de forma autônoma, ele se torna um empreendedor.

Foto via Ben Rosett/Unsplash

E esse processo é desafiador quando o profissional se vê à frente de questões administrativas, gestão, tecnologia, entre outras expertises que ele não domina. Ser um empresário da advocacia pode não ser nem um pouco fácil no começo, mas as áreas administrativa e de recursos humanos devem fazer parte das estratégias traçadas no planejamento de seus objetivos.

“Os novos advogados têm o perfil dos novos empreendedores, com menos medo de arriscar e de investir, além de dominarem a informação e a tecnologia, o que contribui para minimizar as chances de erros e fracassos. Então precisam arregaçar as mangas e se interessar em melhorar o seu negócio”, comenta Rodrigo Bertozzi, sócio da Consutoria Sellem Bertozzi.

Tem sido comum ver novas sociedades nascendo com advogados que começaram juntos em um grande escritório. Esse fator contribui substancialmente para o aumento no número de escritórios de advocacia no país, de forma que novas oportunidades são geradas para os jovens que estão se formando.

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Mas para que o novo escritório sobreviva em um mercado inchado, é preciso que os novos empresários da advocacia encarem o empreendimento como um negócio, desde o início. Para tanto, é preciso um planejamento bem estruturado, com objetivos claros, metas e um mapa de ações predefinidas. O ideal é que se escolha algumas áreas do direito para se especializar, ou até mesmo alguns segmentos para atender e, desse modo, tornar-se referência no mercado. O conceito de advogado generalista caiu por terra há alguns anos. O mito de que o generalista teria acesso a mais clientes não se sustenta em um mercado tão segmentado quanto o atual.

A tecnologia tem sido cada vez mais uma grande aliada dos advogados que buscam fontes de informações para além dos livros acadêmicos. O canal ‘Mundo Jurídico do Futuro’, ancorado no YouTube, com compartilhamento em outras mídias sociais, traz uma série de vídeos que mostram como se adaptar às constantes mudanças do mercado jurídico e de que forma elas estão impactando as diversas áreas da Advocacia.

“Queremos dividir o nosso conhecimento, trazendo o que há de mais novo para as organizações jurídicas. Cada vez mais, os advogados precisam não somente conhecer as leis, mas também ser empreendedores”, explica Lara Selem, advogada com grande experiência no setor e também sócia-fundadora da Sellem Bertozzi Consultoria.

Outra área crescente para advogados é o mercado corporativo. Vê-se uma forte movimentação de advogados que deixam os escritórios de advocacia para trabalhar em empresas e bancos. Cargos como Diretor e Gerente Jurídico estão em alta, inclusive com valorização salarial. Porém, para aproveitar tais oportunidades, é preciso estar preparado para atuar também nas áreas administrativa e de gestão.

“O nosso propósito é mostrar aos profissionais da Advocacia como eles podem se adaptar às transformações que o mercado jurídico vem sofrendo. É preciso ampliar a mente. O costume de investir em conhecimento apenas na área jurídica é algo que impede que se alcance resultados que farão a diferença em uma carreira”, afirma Bertozzi.

O Brasil é o país com maior número de faculdades de direito no mundo e forma milhares de novos advogados todos os anos. Estima-se que até 2019 serão 1,250 milhão de profissionais no mercado. Porém, a possibilidade de fracasso em seu próprio negócio faz com que muitos ainda prefiram trabalhar para escritórios de terceiros ou abandonem a advocacia.

Há erros comuns que prejudicam o sucesso do advogado no mercado. Não sair da zona de conforto, uma vez que já se está acostumado à função, é um deles. É preciso sempre acreditar que há algo a mais a ser feito.

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