Mulheres emergem como lideranças no mercado de fintechs

Nós já sabemos que o setor de fintechs está em ascensão e chegou para revolucionar o mercado financeiro em todo o mundo.

Cristina Junqueira, uma das sócio-fundadoras do Nubank | Foto via Huffpost Brasil

Em menos de um ano, o número de fintechs cresceu de 130 para 244 no Brasil, crescimento de 87%, segundo dados levantados pelo FintechLab. Além das facilidades da tecnologia e da internet para oferecer serviços financeiros, as novas empresas têm inovado em outros aspectos, principalmente na proposta de valor que apresentam.

Simplicidade e praticidade são os principais atributos que vão desde o início de relacionamento com seus clientes, prezando pela desburocratização e mobilidade, e permeando todo o processamento das transações com rapidez, flexibilidade e transparência no acesso às informações. Isso tudo, sem abrir mão da proximidade, facilidade e informalidade no atendimento aos clientes, cultivados de forma genuína através, primordialmente, de canais digitais.

Além disso, diferentemente do que se vê no tradicional e “masculino” setor financeiro e bancário do País, fintechs como Nubank e  Trigg são lideradas por mulheres. Cristina Junqueira, 33 anos, co-fundadora e VP do Nubank, é a única brasileira entre os três sócios da empresa. Marcela Miranda, 39 anos, fundadora e Head da Trigg, comanda um time de 100 profissionais. As executivas estão construindo uma nova história no mercado de cartões de crédito.

Outros exemplos de lideranças femininas de sucesso do universo de tecnologia e startups são das empresas Dindin e Kickante. Stephanie Fleury, 32, é CEO do Dindin, aplicativo mobile que permite que pessoas enviem ou cobrem quantias, que são debitadas diretamente do cartão de crédito cadastrado pelo usuário; e Viviane Sedola é co-fundadora da Kickante, maior plataforma brasileira de financiamento coletivo.

Mulheres na TI: representividade por trás dos computadores

“As novas empresas estão em busca de soluções alternativas para se tornarem diferenciais e competitivas. E esta busca vem ao encontro de um ambiente organizacional muito mais receptivo ao exercício da liderança por parte das mulheres. Estas organizações querem uma gestão mais humana, mais agregadora, sensível, versátil e que busca o diálogo e incentive a cooperação, a integração e o engajamento das equipes”, explica Marcela.

Exemplo disso é o cartão Trigg, que chegou ao mercado em março deste ano. Para lançar o primeiro cartão de crédito da empresa, a inspiração e juventude de Marcela levaram-na a investir no empreendedorismo social ao criar o Triggers powered by Visionários. Um desafio de startups que envolve educação, pré-aceleração e aceleração de negócios sociais.  O programa está combinado a um agressivo modelo de cashback e amplos serviços digitais, focados na experiência mobile. Trata-se do primeiro cartão de crédito acompanhado de uma proposta de fomento ao empreendedorismo social no Brasil. Desde março deste ano,  a Trigg já recebeu mais de 60 mil pedidos do cartão.

Outro destaque é o aumento de colaboradores em pouco tempo de operação da empresa. Com a Marcela no comando da Trigg, o número de funcionários triplicou em seis meses. A chegada de uma nova empresa no setor com uma proposta de valor inovadora reforça a mudança que as fintechs estão fazendo no Brasil e no mundo. Esse novo formato que conecta tecnologia, inovação, humanização e o sistema financeiro está transformando profundamente cada aspecto da relação de pessoas e empresas com suas finanças.

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